quarta-feira, 9 de março de 2011

eu não sei como esse caminho



nossas memórias estão falhas...
mas somos tão jovens,
não vivemos nada

e as saudades
vindas sem alarde...
o café na tarde quente,
a pele bem rente ao corpo,
o porto na hora da despedida,
as aulas práticas das feridas...

nossos relógios estanques no braço
e todo o cansaço...
mas somos tão jovens

e as noites parecem não ter fim
a moça vestida de cetim
de jasmim o cheiro e a lembrança
dinheiro, culpa e trabalho
janeiro esperança
em julho retalhos

parece que tudo parou


e a vida de olhos fechados
me falou ao pé do ouvido:

filho, eu não duvido
nós somos parte do mesmo rio
a mesma tez e arrepio
a mesma força e instinto:

o final feliz é o princípio


4 comentários:

  1. pessimo!

    de um romantismo confessional indigno de sua verve cummingsiana.

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  2. Bonito mesmo, meu velho. A frase final fez minha cabeça andar pra diversos lados.

    Obrigado pelas palavras por lá.

    Abração.

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  3. eu tb sou jovem & deixei minha culpa lá em 2008. rs

    :

    http://3navegacao.blogspot.com/2008/05/borboletas.html

    :

    salve!!

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