domingo, 1 de novembro de 2009

As Coisas



as coisas
não têm medida
toda vez
que as tento advinhar
eu perco
perco o tempo
perco dinheiro
perco pessoas
as coisas são e estão
e o certo é tentar correspondê-las
o quanto antes
e não desvendá-las
as coisas não gostam de esperar
as coisas se alimentam de urgência



* quase nunca escrevo um poema e vou logo pondo aqui. assim que os ponho no papel, quase sempre me parece que falta algo; talvez segurança a mim mesmo. mas prefiro essa postura cautelosa. poesia é algo sério, mesmo que gargalhe o tempo todo. dessa vez, contudo, não faria sentido esperar. e olha que devo ter escrito ontem. ou anteontem...

3 comentários:

  1. Eu sei como são essas coisas.Parece que tudo tem andamento diferente do seu.E aí, você fica cheio(a) de dúvidas,nunca sabe se está fazendo a coisa certa.Mas penso que de tudo, o mais grave é mesmo perder pessoas. Não sei, mas talvez isso se resuma na incomunicação humana,como você bem colocou no poema abaixo.

    Está certo em maturar os versos antes de publicá-los. O uso das palavras exige responsabilidade.As palavras têm poder, força, talvez por isso, paradoxalmente, também goste daquelas poesias que vêm como um suspiro,sabe? Você sente até o cheiro, o gosto, de tão espontâneas que são.Elas vêm no calor da hora e apenas pedem passagem ao poeta.Mas tenho discernimento o suficiente para entender que esses lapsos da loucura dos poetas devem ser bem restritos,rs.Nem sempre são para serem publicados.

    Não estive aqui no domingo como de costume, mas vi pelo horário que publicou a poesia no ínicio da manhã,obrigada. Os leitores agradecem.

    E só pra não esquecer... a minha admiração permanece.

    Até.

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  2. Que bonito!! tudo: o poema eo 'ps'... rs :)

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  3. Cuidado: se o Arnaldo Antunes lê esse "poema", move um processo contra vc por plágio... Afinal, as coisas não têm paz...

    Nelson Coutinho

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