quinta-feira, 21 de maio de 2009

Salmoura



voando pelas veias de Salvador
salmoura sal na beira
eu
inventou de me contar
uma história de amor
só pra amolecer o coração

ainda há tempo pra chuva
as gotas curam solidão
mistura o cheiro mistura
da terra da água
das áuras clarescuras
das coisas sem razão
só pra amolecer o coração

lembrou lá da menina
de um mês atrás
lembrou e mais
provou a sensação
lembrou do beijo o zelo
sem ter mais
lembrou
lembrou
lembrou
(não lembra não...)

mas tudo que a memória faz
tá por conta dela
o que guarda ou se desfaz
aceito
bom rapaz não deve reclamar
memória sempre sabe
o que guardar
memória sempre sabe
o que apagar
só pra amolecer o coração




* Mais uma letra feita nesse último semestre, em que tenho feito mais delas que poemas. Mas uma coisa não é meio que a outra? É, exatamente do verbo pode ser, pode não ser. Mas tô sem paciência pra quizila agora e fico com a resposta da Adriana Calcanhotto, no documentário sobre música e poesia, Palavra (en)cantada: tem coisa mais importante na vida pra eu perder tempo com isso.

5 comentários:

  1. Adorei o seu blog conterrâneo :)
    Me encantei com a sua forma de escrever.
    Parabéns

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  2. Coisa boa voltar aqui... Sempre que venho tenho alguns momentos de prazer. Não se preocupa mesmo não,pq vc tem feito poesia,rs.
    A poesia da música,ou a música da poesia...ou poesia na poesia,não importa.

    Outras que venham!!

    Beijo, até.

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  3. Como diria o Waly, a memória é uma ilha de edição.

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  4. pô, lindãozão! ;D

    vá divulgar essa porra álvaro!

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