quarta-feira, 7 de maio de 2008

Desdobramentos e Sobre Um Poema Infinito

opor-se ao porto
quem sabe sobre
porto por-se ou
mesmo render-se
ao rio morto

mar

se o rio vivo
diluir-se n'água
correr se ondas
deitar se vagas
viver-se porto

(1ª estrofe - Lau Siqueira / 2ª estrofe - Eu)



Um dia assim distraído
Percebi bem ao pé do ouvido
O silêncio que andava no ar

O escuro escondeu meu desenho
Descobrir fui um susto gelado
Que ao meu lado alguém não está

Mesmo quando multidões se aproximam
Com suas vozes, violas, pesares
Só escuto o som do silêncio
Seus ruídos me levam a outros lugares

É como se o tempo fosse o único vivo
Com seus mistérios, incertezas, milagres
Que pudesse invadir os meus olhos
E me fazer altercar minhas verdades

(1ª e 2ª estrofes: Poemas Sozinhos II - Eu/ 3ª e 4ª estrofes: Versos Descoloridos - Mônica Meira)


* Certo dia, Mônica me perguntou o que eu acharia se ela pegasse um poema meu e continuasse. Eu achei ótimo, e ela o fez, postou em seu blog. No poema postado antes desse, Lau Siqueira comentou com um verso, e foi minha vez de continuar. Daí resolvi mostrar os desdobramentos. Quem sabe um dia comece um poema infinito? (eu desconfio que todo poema é só um começo...)

Um comentário:

  1. Que bacana que a idéia da continuação dos poemas está de pé e caminhando. Eu também desconfio que os pontos finais de todos os poemas são reticências disfarçadas. ;]
    Parabéns !
    :]

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